Superávit Primário

. Um dos critérios para se avaliar as contas públicas. É o resultado de receitas menos despesas correntes e de investimentos. Receita é basicamente a arrecadação de impostos, taxas, contribuições e o lucro das empresas e bancos estatais. Despesas correntes referem-se a pagamento de salários do funcionalismo, aposentadorias e pensões, mais todos os gastos para o funcionamento da administração, da merenda escolar e remédios nos hospitais até o cafezinho do pessoal. Despesas de investimentos são gastos, por exemplo, em obras ou novas instalações, como os radares na Amazônia. Portanto, nas contas primárias excluem-se as despesas com pagamento de juros da dívida. A lógica disso é simples: estando endividado, o governo (ou uma empresa ou uma família) precisa fazer um superávit nas contas do dia-a-dia de modo a sobrar algum para amortizar a dívida. Assim, o superávit primário é um importante sinal de que o governo está reduzindo seu endividamento e, portanto, não vai dar calote em ninguém. Se é menor o risco de calote, o governo pode pagar juros menores a seus credores, os compradores de títulos públicos. Eis aí, contas públicas em ordem, juros para baixo.

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