Emprego e recuperação

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Pontos a observar nos índices de desemprego divulgados hoje pelo IBGE, referentes às seis principais regiões metropolitanas, em abril último:
segue a recuperação do emprego que se verifica desde outubro do ano passado. De abril do ano passado até aqui, mais 864 mil pessoas encontraram trabalho. De março de 2000 para abril seguinte, foram 227 mil novas vagas. O índice de desemprego, porcentagem da População Econômica Ativa que procura e não encontra ocupação, cai mais lentamente. Isso porque está aumentando o número de pessoas procurando emprego, em consequência mesmo das melhores perspectivas. Na recessão, as pessoas desanimam e deixam de procurar emprego. Passam de desempregadas a inativas. Com a recuperação, voltam ao mercado, tornam-se ativas, mas apenas parte dessas consegue uma ocupação. Assim, em períodos de recuperação, é possível que cresçam ao mesmo tempo o número de empregados e de desempregados. O número de empregados cresce desde outubro. O índice de desemprego apenas agora começa a cair. A recuperação é mais forte em São Paulo. Tem lógica. São Paulo concentra quase 40% da economia nacional e sua parte mais dinâmica. Quando vem a crise, ela começa em São Paulo e aí é mais forte. Quando a começa a recuperação, é o contrário ? é mais rápida e mais intensa na indústria e na área de serviços paulistas. De abril de 99 para abril último, o número de pessoas ocupadas em São Paulo cresceu 7,7%. Mas a recuperação da economia brasileira é ampla: cresceu o número de empregados em todos os setores. De março para abril último, cresceu mais o número de empregos na construção civil. Continua havendo mais vagas sem carteira assinada. Sobre o rendimento dos trabalhadores: está parando de piorar. É o que se lê: de março de 99 para março último, o rendimento nominal médio caiu 2,7%. De fevereiro de 2000 para março, a queda já é menor, de 0,7%. No ano completo de 99, a queda foi de 5,5%. Ou seja, a renda começa a se recuperar depois do emprego e mais lentamente. Renda deprimida impede alta de preços no consumo. Homens continuam ganhando mais que as mulheres. Em março último, R$ 805 de rendimento médio para os homens, R$ 542 para as mulheres. Dos homens ocupados, 4,5% ganham menos que um salário mínimo e 16,6% menos que dois mínimos. Entre as mulheres, os números são 8,2% e 27,7%.

Detalhes em www.ibge.gov.br. 

 

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