IMPOSTOS BRASILEIROS

. Artigos OS PRODUTOS NACIONAIS PAGAM MAIS IMPOSTO? ISSO É FÁCIL. BASTA AUMENTAR OS IMPOSTOS DOS IMPORTADOS     Sempre se entendeu que um dos principais motivos para a reforma tributária estava no fato de que qualquer coisa produzida no Brasil carrega mais impostos embutidos do que a produÇão de países concorrentes. Com isso, há desvantagem tanto para os produtos brasileiros vendidos no exterior quanto para os produtos brasileiros vendidos aqui mesmo. É que os importados chegam limpos de impostos. Claro que precisa resolver essa diferença, dizem todos. E você logo pensa que o caminho sensato é tirar os impostos embutidos no produto brasileiro – já que isso resolveria os dois lados do problema. Estabeleceria isonomia aqui e lá fora. Certo? Errado. Eles pensaram justamente no contrário: taxar os importados com os mesmos tributos que incidem sobre os nacionais. Estamos falando da proposta de emenda constiucional encaminhada pelo governo federal ficando a cobrança de Cofins e PIS sobre a importação de produtos e serviços. Esses dois tributos incidem sobre o faturamento das empresas, de modo que são cobrados ao longo de toda a cadeia produtiva. Uma empresa vende plástico – paga PIS e Cofins. O comprador beneficia o plástico e vende para o fabricante de tecidos – paga de novo. A fábrica de tecidos vende para o produtor de bancos de automóveis – paga de novo. A montadora vende o carro para a concessionária – paga as taxas. E finalmente a concessionária vende para você – e recolhe Cofins e PIS. A Cofins é de 3% sobre o faturamento e o PIS, de 0,65%. Incidindo várias vezes, a carga tributária acaba em 5,5% na média. Ora, é só cobrar mais 5,5% sobre produtos e serviços importados e está tudo resolvido, não é mesmo? Dá até para reduzir um pouquinho o imposto sobreos nacionais. Resultado: antes dessa idéia, havia um problema de competitividade para os nacionais. Depois, se a proposta for aprovada, o problema atingirá nacionais e importados. Quem vai pagar? Ora, o consumidor e a consumidora brasileira. E o problema do produto brasileiro de exportação? Bom, uma coisa de cada vez, não se pode querer resolver tudo de uma vez – diria o burocrata . . .

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