. É fixada pelo Comitê de Política Monetária, Copom, colegiado do Banco Central que se reúne mensalmente.
Essa taxa básica é uma meta ? a taxa que o Copom considera adequada para balizar operações financeiras básicas, tais como: dinheiro que o BC empresta aos bancos em operações de um dia, empréstimos que os grandes bancos trocam entre si também por um dia. Também é a taxa que o BC pretende pagar nos títulos da dívida pública.
Ou seja, se você for ao banco pedir um dinheiro emprestado, não vai conseguir a taxa básica. Vai pagar mais. Agora, se for aplicar seu dinheiro, então vai receber um rendimento atrelado a essa taxa básica.
É que os bancos emprestam o dinheiro dos clientes que aplicaram lá. Logo, têm de cobrar juros maiores, para pagar seus custos, seus funcionários, a operação toda ? e fazer o santo lucro do banqueiro.
Isso é assim em qualquer lugar do mundo. O que é diferente no Brasil é que a diferença entre o que o banco paga ao aplicador e o que cobra do tomador de empréstimo é um despropósito. É o que se chama de spread bancário ? aliás, está diminuindo, embora lentamente.
De todo modo, a taxa básica de juros definida pelo Copom baliza todas as demais. Se ela cai, todas as demais devem cair.
É também a taxa que a BC considera adequada para atingir uma determinada meta de inflação ? no caso, 6% para este ano.
Resumindo, com a economia funcionando com a taxa básica de 17,5%, a inflação chega ao final do ano em 6%. Claro que as circunstâncias econômicas vão mudando ? e pode ocorrer de o Copom verificar, daqui a um mês, que com 17,5% de juros básicos, a inflação pode ser menor que os 6% da meta. E aí reduz de novo os juros. Ou sobe, se a inflação der sinais de alta.