INFLAÇÃO, ARGENTINA, BRASIL EXPORT

. Artigos MISCELÂNEA DE SEXTA Inflação – Saiu agora cedo o índice de inflação oficial para outubro: bem baixinho, de 0,14%, menor que a taxa de setembro (0,23%) e menor que o esperado. Trata-se do IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, que mede o custo de vida de famílias com renda de 0 a 40 salários mínimos, nas nove principais regiões metropolitanas. É do IBGE e serve como referência para o regime de metas de inflação. Daí ser uma espécie de índice oficial. E por falar em metas: até outubro, a inflação acumulada é de 5,02%. A meta para o ano é de 6%, com tolerância de dois pontos para cima. Ou seja, a meta está no papo. Mesmo que a inflação suba em novembro e dezembro – para 0,5% ao mês, por exemplo – o índice chegaria ao final do ano com 6,2%. Sabe o que isso significa? Que existe espaço para mais um aumento dos combustíveis. Esse aumento compensaria o fato de o preço internacional do petróleo continuar alto, com perspectiva de permanecer assim pelos próximos meses. Assim, sendo o aumento da gasolina inevitável, melhor fazer agora, para que o impacto se dê neste ano e não no próximo, quando a meta de inflação é mais apertada – 4%, também com tolerância de dois pontos para cima. Argentina – parece que vão sair os pacotes. Um, internacional, pilotado pelo FMI, um crédito ao país para aliviar o pagamento dos próximos compromissos externos. O segundo, um pacote local de corte de gastos (com maldades, como o aumento da idade mínima de aposentadoria de 60 para 65 anos) e reafirmação da política econômica. Leu bem, caro leitor, cara leitora? Lembra de alguma coisa? Sim, isso mesmo, o Brasil de 1998. Voltaremos ao tema. Brasil Export – Não estamos precisando de produtos de alta tecnologia para melhorar nossa pauta de exportação? Pois eis um aí: as urnas eletrônicas e seu software. O vexame das eleições americanas é um poderoso marketing de venda.

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